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Este é um espaço dedicado a todos os professores, alunos, educadores, cidadãos INDIGNADOS com o descaso e a arbitrariedade com que a Educação é tratada no Estado do Rio de Janeiro. Se você é também um inconformado, engaje-se nesse movimento de levantarmos o dedo em riste e dizermos não ao sucateamento da Educação
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terça-feira, 17 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
Rede estadual: veja o que foi deliberado na assembléia do dia 5 de maio na ABI
Veja o que foi deliberado na assembléia da rede estadual de ontem (dia 5 de maio) na ABI: Estado de greve; Paralisação de 24h no dia 07 de junho com assembléia geral da rede às 14h no Salão Nobre do Club Municipal (Rua Haddock Lobo, 359 – Tijuca); Conselho deliberativo no dia 07 de junho a partir de 09h no auditório do SEPE/RJ; Boicote ao conexão através do não lançamento de notas; Posicionamento contrário do SEPE em relação ao SAERJ e produção de materiais com orientação de não aplicação desta avaliação; Comando de mobilização na rede: direção do SEPE/RJ, núcleos e regionais, acrescida dos profissionais que se dispuseram na assembléia; Indicativo que as escolas organizem reunião com os pais; Aprovada moção de apoio à luta dos trabalhadores da educação do Espírito Santo. Calendário complementar: 11 de maio - audiência com o Secretário Estadual de Educação - Wilson Risolia, o Secretário de Estado de Planejamento e Gestão - Sérgio Ruy Barbosa Martins e alguns deputados estaduais, às 14h no gabinete da Secretaria de Estado de Educação. A audiência com o Secretário Risolia, que inicialmente estava marcada para o dia 10 de maio, não acontecerá mais em função do agendamento dessa mais ampla, do dia 11 de maio. 18 de maio - audiência pública na ALERJ apartir de 10h da manhã - prestação de contas da SEEDUC com a presença do Secretário Risolia. |
terça-feira, 3 de maio de 2011
GREVE NO MUNICÍPIO E NO ESTADO DO RIO
Amanhã, terça-feira, dia 3 de maio, os profissionais de educação
da rede municipal do Rio realizam uma paralisação de 24 horas para protestar contra a Proposta de Lei Complementar nº 41 do prefeito Eduardo Paes, que está para ser votada na Câmara de Vereadores e propõe mudanças na Previdência dos servidores, retirando diversos direitos. No mesmo dia haverá um ato público na Cinelândia, às 10h; em seguida, às 15h, a categoria realiza assembléia no auditório da ABI.
Com a PLC nº 41 serão extintas a integralidade (direito de se aposentar
com salário integral), a paridade (direito de ter reajuste igual aos servidores ativos), e apenas 70% do salário para pensionistas.
Nas 1.052 escolas da rede municipal do Rio (32 mil professores e
cerca de 700 mil alunos – a maior rede municipal da America Latina), os profissionais reivindicam também um reajuste de 21% e o fim da terceirização das escolas por fundações e ONGs. O piso do professor é de R$ 1.026,00. O do funcionário é R$ 462.
Em 2010, o prefeito Paes chegou a ser condenado pela Justiça Federal por
manter uma política de não aplicar os 25% da arrecadação municipal no setor, o que faz com que a categoria tenha que trabalhar em escolas com superlotação de alunos e falta de equipamentos e pessoal. Hoje, a rede municipal tem carência de mais de 10 mil professores e 12 mil funcionários, como merendeiras, agentes administrativos, pessoal de portaria e inspetores de alunos – todos esses profissionais são especializados na segurança das escolas e a carência deles agrava a crise de segurança nas unidades.
Escolas estaduais fazem greve de advertência dias 4 e 5 de maio
Os profissionais da rede estadual fazem uma greve de advertência de 48 horas
na quarta e quinta-feiras (4 e 5 de maio). A paralisação tem o objetivo de exigir do governador Sérgio Cabral um reajuste emergencial de 26%; a abertura das negociações com o governo; a incorporação imediata da totalidade da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015); e o descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos da educação estadual, entre outras reivindicações.
No dia 5 de maio o Sepe convoca a categoria para um ato de protesto nas
escadarias da Alerj, a partir das 10h. Nesta atividade, os profissionais vão pressionar os deputados a intercederem junto ao governador para que ele abra as negociações com a categoria. A partir das 14h, será a vez da realização de uma assembléia geral no auditório da ABI (Rua Araújo Porto Alegre 71 – 9º andar).
Nas 1.652 escolas que integram a rede estadual (70 mil profissionais e
1,245 milhão de alunos), os profissionais estão mobilizados para conseguir reajuste emergencial de 26%. O índice de 26% reivindicado é resultante de parte das perdas salariais entre 2009 e 2010. Hoje, um professor do estado iniciante (nível 1) recebe um piso salarial de R$ 610,38; já um professor que trabalha 22 horas semanais, com 10 anos de rede (nível 3), recebe R$ 766,00.
A situação do funcionário administrativo é ainda pior: se a incorporação do
Nova Escola fosse feita imediatamente o piso salarial desse funcionário atingiria somente R$ 533,00 – menos, portanto, que o salário mínimo nacional, que é R$ 545,00.
O Sepe, reiteradamente, tem tentado buscar a via da negociação com
as autoridades estaduais, mas, desde o início do ano, não tem tido resposta do governador aos pedidos de audiência. A última audiência com o secretário de Educação Wilson Risolia foi realizada no início de janeiro, quando ele convocou o sindicato para fazer uma apresentação do seu Plano de Metas e não discutiu as reivindicações da categoria. |
domingo, 1 de maio de 2011
Desabafo de uma professora do Estado à Revista Veja
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Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.
Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas."
Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.
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Professor tem de ficar 1/3 da jornada fora de sala, diz ST
Segundo estimativas, as prefeituras terão de contratar mais 180 mil docentes
27 de abril de 2011 | 17h 54
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,stf-impoe-derrota-a-estados-e-municipios-em-votacao-sobre-piso-salarial-dos-professores,711618,0.htmMariângela Gallucci - O Estado de S. Paulo
Estados e municípios sofreram nesta quarta-feira uma nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte manteve uma regra que garante aos professores da educação básica o direito de ficar fora de sala de aula durante um terço da jornada de trabalho. Os educadores devem usar esse período para desenvolver atividades de planejamento de aulas e aperfeiçoamento profissional.
Conforme estimativas recentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com a confirmação do direito dos professores de gastarem parte da carga horária com atividades externas, as prefeituras terão de contratar mais 180 mil professores para assegurar aos alunos quatro horas diárias em sala de aula. Isso representará um impacto de R$ 3,1 bilhões nas contas dos municípios.
Só em São Paulo, a rede estadual, que já tem 243 mil docentes, terá de contratar outros 80 mil.
No início do mês, o STF já havia imposto uma derrota às administrações estaduais e municipais ao julgar a ação movida pelos governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará. Na ocasião, os ministros tinham confirmado a validade da lei que fixou um piso salarial nacional para os professores. O piso atual é de R$ 1.187,97, valor que pode ser elevado com o pagamento de acréscimos e benefícios.
De acordo com estimativas da CNM, será de R$ 5,4 bilhões o impacto do piso nacional acrescido da necessidade de contratar mais 180 mil professores por causa da redução do período em sala de aula. No início do mês, na sessão em que validou o piso nacional, o STF não tinha chegado a uma conclusão sobre a divisão da carga horária dos professores porque o presidente da Corte estava na Itália, participando de compromissos oficiais.
O julgamento foi concluído hoje, quando a votação terminou empatada em 5 a 5. Nesses casos de empate, há um entendimento do STF segundo o qual a ação deve ser julgada improcedente. O ministro José Antonio Dias Toffoli, que poderia desempatar o julgamento, não pode votar porque no passado atuou no processo como advogado-geral da União. Toffoli foi advogado-geral no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar da decisão de hoje, o Judiciário poderá analisar novamente as regras que fixaram a divisão da jornada de trabalho dos professores. Isso porque não foi formada uma maioria na votação. Dessa forma, o resultado do julgamento não teve um efeito vinculante e o assunto poderá ser debatido de novo no futuro durante o julgamento de ações movidas por outros Estados ou municípios.
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