Amanhã, terça-feira, dia 3 de maio, os profissionais de educação
da rede municipal do Rio realizam uma paralisação de 24 horas para protestar contra a Proposta de Lei Complementar nº 41 do prefeito Eduardo Paes, que está para ser votada na Câmara de Vereadores e propõe mudanças na Previdência dos servidores, retirando diversos direitos. No mesmo dia haverá um ato público na Cinelândia, às 10h; em seguida, às 15h, a categoria realiza assembléia no auditório da ABI.
Com a PLC nº 41 serão extintas a integralidade (direito de se aposentar
com salário integral), a paridade (direito de ter reajuste igual aos servidores ativos), e apenas 70% do salário para pensionistas.
Nas 1.052 escolas da rede municipal do Rio (32 mil professores e
cerca de 700 mil alunos – a maior rede municipal da America Latina), os profissionais reivindicam também um reajuste de 21% e o fim da terceirização das escolas por fundações e ONGs. O piso do professor é de R$ 1.026,00. O do funcionário é R$ 462.
Em 2010, o prefeito Paes chegou a ser condenado pela Justiça Federal por
manter uma política de não aplicar os 25% da arrecadação municipal no setor, o que faz com que a categoria tenha que trabalhar em escolas com superlotação de alunos e falta de equipamentos e pessoal. Hoje, a rede municipal tem carência de mais de 10 mil professores e 12 mil funcionários, como merendeiras, agentes administrativos, pessoal de portaria e inspetores de alunos – todos esses profissionais são especializados na segurança das escolas e a carência deles agrava a crise de segurança nas unidades.
Escolas estaduais fazem greve de advertência dias 4 e 5 de maio
Os profissionais da rede estadual fazem uma greve de advertência de 48 horas
na quarta e quinta-feiras (4 e 5 de maio). A paralisação tem o objetivo de exigir do governador Sérgio Cabral um reajuste emergencial de 26%; a abertura das negociações com o governo; a incorporação imediata da totalidade da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015); e o descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos da educação estadual, entre outras reivindicações.
No dia 5 de maio o Sepe convoca a categoria para um ato de protesto nas
escadarias da Alerj, a partir das 10h. Nesta atividade, os profissionais vão pressionar os deputados a intercederem junto ao governador para que ele abra as negociações com a categoria. A partir das 14h, será a vez da realização de uma assembléia geral no auditório da ABI (Rua Araújo Porto Alegre 71 – 9º andar).
Nas 1.652 escolas que integram a rede estadual (70 mil profissionais e
1,245 milhão de alunos), os profissionais estão mobilizados para conseguir reajuste emergencial de 26%. O índice de 26% reivindicado é resultante de parte das perdas salariais entre 2009 e 2010. Hoje, um professor do estado iniciante (nível 1) recebe um piso salarial de R$ 610,38; já um professor que trabalha 22 horas semanais, com 10 anos de rede (nível 3), recebe R$ 766,00.
A situação do funcionário administrativo é ainda pior: se a incorporação do
Nova Escola fosse feita imediatamente o piso salarial desse funcionário atingiria somente R$ 533,00 – menos, portanto, que o salário mínimo nacional, que é R$ 545,00.
O Sepe, reiteradamente, tem tentado buscar a via da negociação com
as autoridades estaduais, mas, desde o início do ano, não tem tido resposta do governador aos pedidos de audiência. A última audiência com o secretário de Educação Wilson Risolia foi realizada no início de janeiro, quando ele convocou o sindicato para fazer uma apresentação do seu Plano de Metas e não discutiu as reivindicações da categoria. |
Este é um espaço dedicado a todos os professores, alunos, educadores, cidadãos INDIGNADOS com o descaso e a arbitrariedade com que a Educação é tratada no Estado do Rio de Janeiro. Se você é também um inconformado, engaje-se nesse movimento de levantarmos o dedo em riste e dizermos não ao sucateamento da Educação
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terça-feira, 3 de maio de 2011
GREVE NO MUNICÍPIO E NO ESTADO DO RIO
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